Entenda como é possível explorar ao máximo a Internet das Coisas (IoT) para reduzir custos em uma empresa
Principalmente em momentos de crises, reduzir custos é muito importante para preservar a saúde financeira. Crise hídrica, alta do combustível, pandemia do coronavírus. O cenário atual é delicado para as empresas, das pequenas até as grandes.
Para lidar com as adversidades é muito importante encontrar soluções que ajudam a aumentar a competitividade e, também, a diminuir determinadas despesas. Afinal, economizar de forma inteligente – sem prejudicar a produtividade e a qualidade dos produtos e serviços – faz toda a diferença no balanço no final do mês.
Em uma casa, monitorar o consumo de água e luz, por exemplo, é um pouco mais fácil. Já em uma empresa, é necessário contar com a ajuda da tecnologia para realmente fazer um controle eficiente e significativo.
Dessa forma, a Internet das Coisas (IoT) encontra um campo fértil para auxiliar as companhias a identificar em tempo real possíveis fontes de desperdício. Isso porque a solução foi pensada justamente para conectar coisas e pessoas para uma tomada de decisão mais rápida, eficiente e assertiva.
Na missão para reduzir custos, contar com as informações corretas é um grande diferencial. Diretor de soluções e sócio da fuse IoT, Murilo Silva explica que tudo aquilo que é medido pode ser melhorado. Assim, a IoT cumpre seu conceito no que tange a desperdícios.
“Uma vez que uma utilidade como energia possa ser mensurada e constatado seu consumo, pode-se criar regras de utilização e, assim, padronizar uma operação industrial de modo a reduzir custos”, destaca.
A mesma situação acontece com água, gás e até mesmo na análise hora x homem. Afinal a medição de máquinas e motores facilita a vida das equipes de manutenção na predição de falhas feita pelo sistema. Portanto, a identificação rápida do problema pode diminuir muito o tempo de parada de equipamento para um conserto.
“Os exemplos são muitos. Mas vale sempre a pena levar em conta que a ideia de desperdícios deve sempre ser coerente e viável. Caso contrário, um projeto causa uma economia em uma ponta e na outra, prejuízo”, diz o diretor.
Com tantas aplicações para a IoT na luta para reduzir custos, é possível apresentar alguns exemplos para demonstrar como ainda existem muitos desperdícios e como é possível resolver os casos.
Murilo Silva explica que, através dos dados da própria concessionária de abastecimento água e esgoto de São Paulo, mais de 50% da água tratada distribuída é perdida na rede de distribuição. “Por incrível que pareça, não existem ainda dados concretos dos locais onde os problemas ocorrem para a tomada de ação”.
Entre os motivos estão:
“Infelizmente, o cenário se repete para energia, onde a falta de visibilidade e transparência na medição causa desconforto no consumidor e aumenta a desconfiança geral na entrega do produto consumido de fato”.
Para o diretor de soluções e sócio da fuse IoT, quando falamos de Internet das Coisas, um dos desperdícios mais interessantes de identificar é quando atuamos no monitoramento de cadeias de frio que transportam, armazenam e distribuem medicamentos, vacinas e materiais biológicos. “Através da monitoração de temperatura de geladeiras e câmaras frias, podemos garantir a qualidade do produto e sua eficácia”.
Agora pense toda essa tecnologia atendendo também o agronegócio? O quanto de alimentos, matérias-primas, insumos, animais e vegetais que poderiam gerar dados através da IoT?
“Além de melhorar a produção, ainda é possível reduzir o desperdício de alimentos. Com dados em mãos, fica muito mais fácil encontrar o melhor caminho nos negócios”.
Ao adotar a Internet das Coisas como solução, é importante a empresa promover algumas ações para que os resultados sejam realmente efetivos. O primeiro passo é treinar os funcionários para que aproveitem ao máximo os recursos disponíveis.
Além disso, é desejável criar uma cultura digital forte. Dessa forma, documentos e ferramentas compartilhadas através de frameworks agilizam as tomadas de decisão e transformam o processo decisório como um todo.
“Assim, o contexto de atuar e decidir guiado por dados fica intrínseco a toda a empresa. IoT é a base que nutre tomada de decisão baseada em dados coletas e tratados. Entendendo como um processo de transformação digital, a digitalização começa pelas pessoas, para então elas atuarem com dados coletados pela rede”.
Ao implantar soluções em IoT certamente a empresa conseguirá reduzir custos. O valor, porém, é muito diversificado. Isso porque depende de algumas variáveis, como tipo de operação e produção.
“Uma empresa de bebidas pode ter um gasto relativamente alto com água para uma empresa de biscoito. Entretanto, se virmos o gasto de gás natural, o contrário se torna verdade também”, destaca o diretor de soluções e sócio da fuse IoT.
Segundo Murilo Silva, dados apresentados por alguns clientes demonstram que 30% de economia é uma boa margem para se considerar. “Claro que há casos com maior redução e outros onde a economia não foi tão alta. Mas reduziu o risco de um gasto com desperdício, uma multa, por exemplo”.
O especialista lembra ainda que existem os custos ocultos. Muitas vezes, somente com um sistema de monitoração IoT torna-se possível identificá-los, permitindo atuar para a solução do problema.
Um dos clientes da fuse IoT, por exemplo, descobriu que se deixasse a potência dos motores da fábrica atuando com 80% da capacidade, era possível reduzir o gasto de energia e aumentar a vida útil dos equipamentos, sem alterar a produção.
“Isso só foi possível, através do sistema de medição setorizada de energia, onde fornecemos KPI e insights em nossa plataforma fuse RETINA. Ela ajuda o decisor a enxergar em detalhes sua operação e se prevenir para uma devida ação”.
Na luta para reduzir custos, outra vantagem da Internet das Coisas é o seu caráter democrático. Isso porque existem soluções acessíveis para todos os perfis, desde as pequenas até as grandes fábricas.
“Na fuse IoT nós entregamos soluções end-to-end como serviço e não somente como aquisição. Isso quer dizer que o cliente paga um valor mensal para ter a medição feita do sensor que pode incluir suporte, treinamento e até a possibilidade de customização da plataforma, dependendo do pacote que fechar”.
Dessa forma, a IoT pode ser uma forte aliada para que processos sejam adotados para melhorar seus números, otimizar a operação, reduzir custos e riscos operacionais, além de aumentar a competitividade.