Manutenção preditiva, resiliência e agilidade nas operações serão primordiais para este ano. 2022 também será de questões importantes como cyber segurança e conectividade.
O ano de 2022 começou em meio a um cenário de transição e transformação pós-pandemia. O que se vê nos últimos 2 anos são empresas investindo cada vez mais em uso de tecnologias para manterem suas operações de modo a atender as novas transformações digitais.
O estudo da McKinsey Global Institute – 2020, constatou que cerca de 35% dos executivos pesquisados em julho de 2020 relataram uma aceleração da digitalização em suas cadeias de abastecimento. As empresas também precisaram compreender de forma rápida e inteligente seus insumos e toda a cadeia de fornecimento.
Além disso, a indústria passou a utilizar análises e dados mais precisos no fornecimento de informações e introduziram o uso de IoT para melhor rastrear o uso não só de máquinas, mas de pessoas, matéria prima e mercadorias.
A McKinsey também apontou que os investimentos em IoT podem gerar US$ 5,5 trilhões a US$ 12,6 trilhões em valor globalmente até 2030.
Ambientes de manufatura e fábricas terão maior valor econômico potencial em IoT, com cerca de 26%, um valor estimado em US$ 1,4 trilhão a US$ 3,3 trilhões (2030). Neste cenário incluem também um valor econômico no setor agrícola (US$ 250 a 520 bilhões) e investimentos em manutenção preditiva (US$ 260 a 460 bilhões).
O mesmo relatório também aponta o valor da IoT no Varejo, desde o manuseamento de materiais até auto verificação de pagamentos (US$ 650 bilhões a US$ 1,1 trilhões) e em Facilitites, atrelado à produtividade, monitoramento, entre outros (US$ 240 bilhões a US$ 500 bilhões).
Dentre os principais fatores que irão movimentar o mercado de Internet das Coisas nos próximos anos, estão: Produtividade Humana 27%; Manutenção 26%; Otimização da Operação 23%; Segurança e Proteção 24%; Gestão de Ambientes 19%.
Listamos algumas tendências para a IoT em 2022:
Mais produtividade e menos erros na Indústria 4.0: Há ainda muito o que ser feito nas Indústrias e centros agrícolas. Avançar no equilíbrio entre o físico e o digital é o desafio para 2022 e a IoT poderá ser utilizada para gestão de operações, aumento do rendimento e capacidade de produção e manutenção preditiva.
Após a pandemia da COVID-19, os executivos estão buscando mais resiliência e agilidade em suas operações. A vinda da digitalização dos processos industriais e investimentos em IoT permitirão que manutenções preditivas de equipamentos sejam feitas, assim como a capacidade de localizar e rastrear animais e máquinas, ou até mesmo melhorar a produtividade humana podem ser fatores decisivos.
Para este ano, o desafio é como chegar a uma implementação em escala, implementando projetos de forma sistemática e integrada.
Conectividade: O investimento constante em utilização da internet e sua velocidade são temas muito discutidos. É importante compreender que a vinda do 5G ainda é lenta e a maioria dos processos fabris e industriais estão atrelados às conectividades de 2G/3G/4G, isso porque é preciso pensar estrategicamente na capacidade de alcance dessas redes para atender o maior território geográfico possível.
O fato é que as companhias de telefonia já estão avançando conversas com o uso do 5G e para 2022 e nos Estados Unidos já se fala em conectividade de WiFi 6.0. Porém, os progressos ainda estão a longo prazo e o mercado precisa compreender que a conectividade para IoT já existe e pode permitir a sua adoção em escala.
Compartilhamento de dados em tempo real e Cybersecurity: O fornecimento de dados em tempo real tornam os processos otimizados e constantes, podem até reduzir fluxos de trabalhos manuais, além dos benefícios da manutenção.
O mesmo relatório da McKinsey aponta que 85% do potencial de otimização de fábricas virá de custos operacionais otimizados. Os dados em tempo real permitirão que os operadores visualizem os processos de ponta a ponta e os gestores tenham informações unificadas.
No evento CES 2022, em Las Vegas, um dos maiores eventos de tendências em tecnologia, abordou sobre a importância da cyber segurança. Não só como uma tendência, mas como um critério de segurança, as empresas estão buscando mecanismos de blockchain para manter o armazenamento e compartilhamento dos seus dados de forma segura. O esforço de proteção é permanente e projetos de IoT devem ser implementados com empresas e soluções confiáveis.
As empresas ainda buscam informações e o caminho certo para investir em IoT, muitas com legados arquiteturas sistêmicas diferentes e que não se conversam, gerando dados em diferentes formas. De fato, é preciso compreender que qualquer implementação requer personalização, com soluções sob medida.
O que também ainda vemos nos últimos anos e que está mudando em 2022 é a maturidade do mercado, ainda que a passos curtos. Implementar um projeto de IoT pode não ser uma tarefa simples, é preciso contar com profissionais capazes de estabelecerem uma conectividade segura, com equipamentos e dispositivos mais modernos, atrelados a sistemas integrados e unificados, além de serem somados à complexidade e necessidade de cada operação.
Fontes: MCKinsey: The Internet of Things: Catching up to an accelerating opportunity; TI Inside.